EMPATE TÉCNICO E A LEITURA DE CENÁRIO


A edição do jornal CostaNorte desta semana traz a primeira pesquisa eleitoral devidamente registrada sobre o cenário de São Sebastião. Será cedo? É, dependendo do seu ponto de vista. Os partidos políticos também já começam a tratar da realização de suas Convenções, que é quando se homologará o rumo que cada um quer para si no pleito. O jornal fala em "empate técnico entre três pré-candidatos", Felipe (PSDB), Juan (PMDB) e Wagner (PP). 

A mesma pesquisa diz que o vereador Gleivison, de quem se supunha maior grau de inserção popular - especialmente por conta do alarido que seus simpatizantes provocam nas redes sociais, e o inoxidável João Amorim tem o mesmo tamanho eleitoral, sendo que este último não dispõe nem de 1/5 da estrutura e de mídia que o vereador, e que a aposta de uma ala governista que se insurgiu à revelia de um entendimento prévio com o Prefeito, por ocasião apresentando o nome do médico Dr Aldo, ainda não caiu na graça do eleitor. Desafios à frente.

Em favor do veículo de informação está o fato de ter sido o mesmo que publicou as pesquisas na última eleição municipal com resultados que apontavam o então candidato Ernane à reeleição liderando, justamente quando nas redes sociais havia certa pressão de outros grupos políticos dando como certo outros resultados. Depois de aberta as urnas, o resultado foi bem próximo do que as pesquisas publicadas pelo jornal CostaNorte dizia, com Ernane reeleito. Não sei se o instituto era o mesmo.

Os adversários espiam o tucano para saber, entre outras coisas, até que ponto a máquina pública de Caraguá - onde seu sogro dá plantão no Poder - está sendo usada - se estiver - em sua pré-campanha. O peemedebista foi exonerado à bem do serviço público e é principalmente neste trecho que seus oponentes lançam dúvidas sobre sua elegibilidade. O progressista teve suas Contas rejeitas pelo TCE, e é neste sentido que precisa convencer sobre a viabilidade de suas pretensões eleitorais. Os dois últimos, Juan e Wagner, garantem haver segurança jurídica em suas petições e que serão candidatos.

Ernane não assumiu nenhuma candidatura ainda e dele se espera uma indicação. Wagner concorre à frente e eles estão tomando café. Dr Aldo, que tem relações de amizade e políticas com Wagner se colocou. Ângela Couto deixou a secretaria de Educação e se habilitou, mas também tem entendimentos com Wagner. João Amorim, donde não se esperava tanto, pontuou na pesquisa e alimenta sonhos diários de um chamado pelo seu nome. Seja qual for o nome escolhido, terá que assumir o legado e a crítica do Governo.

Longe de se dar por definido qualquer coisa, há muita expectativa ainda pela frente. O radialista Neto da rádio Morada do Sol ainda tem um nome frio para a disputa, terá que se intensificar assumindo essa condição, penso eu. O eleitor não faz necessariamente o mesmo papel que faz enquanto ouvinte, porquanto, precisa saber que o seu porta-voz na emissora quer ser seu prefeito também, e quando fizer essa distinção é que dirá o que pensa nas pesquisas de opinião.

Se Ernane, porém, optar por um nome que não seja nenhum desses citados, tende a embolar tudo. Como política é também um jogo que se define pelas estratégias em busca do voto, tudo pode acontecer. O certo é que o dono do voto é o eleitor e as pesquisas mostram claramente que ainda é muito cedo para alguém se julgar vencedor. Fora isso, o fato de que a política é uma matéria que hoje tem bem mais a atenção do cidadão - e este se torna cada vez mais exigente, seletivo e prudente. 

Senhoras e Senhores,
É o jogo!
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16h16min.    -    adelsonpimenta@ig.com

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